
_Por Márcio Paes Barreto_
A recente decisão do Ministério Público, que emitiu um parecer favorável à revogação das prisões dos jovens do “Bonde dos Mauricinhos”, grupo conhecido por suas arruaças, lança uma luz sobre os privilégios no sistema judiciário. Defendidos por advogados influentes, filhos de desembargadores do TJ/AM, os acusados parecem contar com uma rede de proteção pouco acessível ao cidadão comum. O caso já fez dois juízes se declararem suspeitos, transferindo a decisão para outra instância.
Esse contexto reforça a percepção de uma justiça seletiva, onde relações e prestígio podem favorecer alguns em detrimento de muitos. Para um judiciário verdadeiramente equânime, a lei deve ser aplicada com imparcialidade, sem interferência de vínculos pessoais. A sociedade espera por transparência e que as instituições atuem de forma independente, assegurando que o privilégio não seja um atalho para escapar da responsabilidade.



